A DIF Magazine é uma revista mensal de "tendências e guia cultural" gratuita, e em principio, podem encontrá-la em qualquer café, bar ou centro cultural. A DIF é apelativa, cheia de fotografias e ilustrações (mesmo algumas páginas de publicidade são artigos gráficos estimulantes.)
Arte, moda, música, e design são as temáticas dominantes nas páginas da DIF.
O numero 49 do mês de Junho foi contaminado pela "arquitecture fever" da picada da trienal, que se está a propagar pelo país, e tem como editor convidado o arq.Pedro Gadanho.
O editor convidado assina o primeiro artigo de arquitectura da revista.
Pedro Gadanho escreve sobre o momento em que a arquitectura «passa da dimensão de um serviço estático [...] a uma capacidade dinâmica de resposta perante as exigências mais rápidas e externas da cultura urbana contemporânea». No artigo «Arquitectura como Performance», Pedro Gadanho materializa a sua ideia com alguns exemplos desta «lógica performativa».
Inevitavelmente, lembrei-me do trabalho desenvolvido pelo atelier EXYZT que passa muito pela arquitectura-evento com uma riqueza performativa muito grande. Tive a oportunidade de os entrevistar Pier Schneider e Nicolas Henninger para a NU. (a entrevista estará no numero sobre a égide da temática OCUPA a ser lançado no próximo mês.)
Do trabalho dos EXYZT destaco um evento-exemplo: o projecto S.E.T. (Station Extra Territoriale) - Inhabitated Launch pad for the Tower Agba.
Às 0h00 (hora local) a torre AGBA de Jean Nouvel foi lançada para o espaço! Todos os habitantes de Barcelona foram convidados para assistir ao marcante evento e para a festa que se seguiu.
O programa deste projecto está descrito como: Installation habitée, performance audiovisuelle et apéritif architectural. A arquitectura passou de figura para fundo, foi o suporte "imaterial" de uma manifestação-performance e geradora do evento cultural que se seguiu após o lançamento no bairro de Poble Nou. (os projectos dos EXYZT estão muito bem ilustrados, neste caso, registados em video, e muito bem editados aqui.)
A DIF Mag traz ainda: um artigo de Mafalda Rangel que destaca algumas das propostas do concurso de ideias promovido pela Trienal sobre os vazios urbanos de Lisboa; uma entrevista com Philippe Rahm; uma visita ao trabalho de Andrés Jacques por Ariadna Cantis; reproduz um excerto da entrevista «Ao Espelho» de Jorge Monteiro a Pedro Bandeira (já publicada no livro Projectos Específicos para um Cliente Genérico da Dafne Editora) e ainda um artigo sobre Andreas Angelidakis.
(ah! podem também descarregá-la aqui, mas no momento em que publico este post só a numero 48/maio está disponivel.)
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