impressões III sobre impressões II

New museum (2007), Nova Iorque, SANAA © T.Borges

Não está em causa o desejo do cliente de iconizar o programa e ter em troca um projecto formalmente simples e perigosamente simplista. Lamenta-se, isso sim, que durante o empilhamento dos caixotes, com ar de brincadeira de criança, alguém se tenha esquecido das dinâmicas urbanas do contexto, que só teriam sido benéficas a um programa que se quis e se quer "a leading destination for new art and new ideas".

impressões II

New museum (2007), Nova Iorque, SANAA © T.Borges

Depois do Learning Center, sem pensar muito no projecto da matéria, é inevitável depositar uma certa fé no questionamento da tipologia e na re-formalização que os SANAA reclamam (ainda que no Learning Center a problemática mais excitante seja outra).

No caso do New Museum de Nova Iorque (2007), tudo volta a uma espécie de estaca zero. Talvez em demasia.

À saída o observador mais desatento perguntar-se-á se é uma impressão por defeito ou por feitio.

impressões

Museu Guggenheim (1943-59), Nova Iorque, F.L.Wright

Há um engenho de escala complicado a resolver no Guggenheim de Nova Iorque.

Se, por um momento, colocasse de lado a ambiguidade (perigosa) do uso de adjectivos para falar de edifícios, relataria qualquer coisa como o que se segue:

Acanhado e pesado do exterior seguido de uma ilusão de 'coisa pequena' no primeiro assalto ao foyer de entrada. Depois, ao descer a espiral, percebe-se que é maior do que parece. Os 'restos', para lá do espaço forte, revelam-se prazenteiros com um Central Park em cores de outono e luz de fim de tarde.