o desconexo

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12.12.08

o alinhamento dos críticos



Tropecei num artigo do historiador William Curtis (o autor do conhecido tijolo "Modern architecture since 1900") com o título "Les excès du star system: le projet Triangle de Herzog et de Meuron".
Para além de falar do que todos nós já sabemos, desde a cultura do ícone ao vedetismo dos grandes escritórios de arquitectura, aponta dois ou três dardos contra o sistema a propósito da pirâmide que os H&dM querem poisar em Paris.
Curtis alerta para o esvaziamento do projecto: "le projet architectural risque une réduction au niveau de la surface, du signe et de l'effet éphémère" , e considera que o estado actual das grandes encomendas nao é mais do que uma degeneração do efeito bilbao.
Fruto da hiper-inflação do objecto arquitectónico, a velocidade de produção exigida às grandes fábricas de arquitectura colide com a ideia de "tempo de projecto" como tempo de reflexão sobre as problemáticas da cidade, em suma, do contexto. A resposta dada é como um balão de forma exuberante mas cheio de demasiado ar.

Curtis alonga-se.

Tenta desmontar a pirâmide, relata o conflito entre "l'object isolé servant les intérêts privés et le domaine public de la ville" que está em jogo com o projecto dos H&dM e lembra que "Paris n'est ni las Vegas, ni Dubai".

A ler no site do le moniteur.

Frampton já tocou neste assunto na entrevista que postei aqui, agora foi a tacada de Curtis, outros virão porque é inevitável perante a "crise" que não se interrogue a (in)disciplina.
Mas de que forma é que este alinhamento dos críticos vai influenciar o posicionamento dos arquitectos?