o desconexo

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9.6.10

amostras dos 60


Se o desconexo já existisse nos anos 60... publicaria em primeira mão duas odes ao betão com a excitante agravante de se tratarem também de dois exercícios semelhantes: o centro paroquial de S.Michael (1964-67) de Hanns Brutsch e o centro paroquial de St.Johannes (1965-70) de Walter Forderer, ambos nos arredores de Lucerna.
Em situações topográficas muito semelhantes, Brutsch é mais imediato enquanto Forderer é mais labiríntico... Ao longo dos percursos que tacteiam a topografia do terreno, Brutsch trabalha planos que se desdobram em diagonais de uma afirmação ligeira; Forderer dispõe planos e contra-planos numa ortogonalidade mais agressiva no espaço do que na planta. À calmaria do foyer exterior desenhado por Brutsch contrapõe-se a geometria dos vãos cobertos e as sequências de terraços de Forderer. No programa-primo do dispositivo, Brutsch é mais uno, mais directo e quase aborrecido na unificação espacial da nave; Forderer é mais nervoso, com mais tiques, cheio de preciosismos de desenho e uma estafa de recortes coloridos ao bom jeito corbusiano.
Após esta curta resenha presume-se que os leitores do desconexo dispensem as legendas dos limitados fotogramas que se seguem...





4 comentários:

Lourenço Cordeiro disse...

Olha, o Sagrado Coração de Jesus.

tiago borges disse...

...tenho algumas reservas quanto à comparação... : )

JC disse...

Teotonio na igreja nova de Almada, é o que me vem à mente quanto aos ambientes e àa materialidade do espaço e da luz

tiago borges disse...

JC,
apesar de nunca lá ter estado, a igreja nova de Almada parece-me também mais "texturada".