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O quarteirão do Flon, outrora território in da cena artístico-alternativa de Lausanne, é um problema da cidade. É uma zona que faz parte do centro mas que se implantou numa cova topográfica do território, a uma cota inferior à cota de referência do centro histórico.
É no Flon que está o terminal da linha do metro de superfície e é ali que se constrói (o que se espera ser) um interface à altura das ambições da nova linha do metro (M2) a inaugurar em Setembro deste ano.
Quase todas os meses saem notícias sobre o Flon degradado, o Flon sujo, o Flon abandonado, o prejuízo dos (poucos) comerciantes do Flon, e sente-se que a cidade aguarda o milagre da revitalização deste quarteirão.
"L'Abre de Flon-Ville" é um desses gestos que quis trazer um pouco de fresh air aos espaços públicos do Flon e recicla a noção de paisagem artificial com a ideia prazenteira da sombra de uma árvore num dia de calor.
É uma escultura que define um espaço público de paragem num vazio ortogonal de passagem.
A árvore metálica é composta por uma estrutura em aço tubular que atinge 12 metros de altura e revestida por placas de aço inoxidável. As raízes que rasgam o chão são os bancos que se estendem (episodicamente) pelos 22 mil metros quadrados do quarteirão. Durante a noite os neons de cor rosa, embutidos debaixo de cada raíz, dão um ar futuro-kitsch ao conjunto.
As fotos aqui estão fraquinhas mas ilustram "a coisa"...
(Recomendo uma espreitadela às cenográficas fotos de Milo Keller que estão no site dos Oloom.)
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Finalmente internet chez-moi! Veremos se o des-conexo anima um pouco mais!
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