o desconexo

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17.4.08

L'Arbre de Flon-Ville


O quarteirão do Flon, outrora território in da cena artístico-alternativa de Lausanne, é um problema da cidade. É uma zona que faz parte do centro mas que se implantou numa cova topográfica do território, a uma cota inferior à cota de referência do centro histórico.
É no Flon que está o terminal da linha do metro de superfície e é ali que se constrói (o que se espera ser) um interface à altura das ambições da nova linha do metro (M2) a inaugurar em Setembro deste ano.
Quase todas os meses saem notícias sobre o Flon degradado, o Flon sujo, o Flon abandonado, o prejuízo dos (poucos) comerciantes do Flon, e sente-se que a cidade aguarda o milagre da revitalização deste quarteirão.

"L'Abre de Flon-Ville" é um desses gestos que quis trazer um pouco de fresh air aos espaços públicos do Flon e recicla a noção de paisagem artificial com a ideia prazenteira da sombra de uma árvore num dia de calor.
É uma escultura que define um espaço público de paragem num vazio ortogonal de passagem.
A árvore metálica é composta por uma estrutura em aço tubular que atinge 12 metros de altura e revestida por placas de aço inoxidável. As raízes que rasgam o chão são os bancos que se estendem (episodicamente) pelos 22 mil metros quadrados do quarteirão. Durante a noite os neons de cor rosa, embutidos debaixo de cada raíz, dão um ar futuro-kitsch ao conjunto.

As fotos aqui estão fraquinhas mas ilustram "a coisa"...
(Recomendo uma espreitadela às cenográficas fotos de Milo Keller que estão no site dos Oloom.)


L'Arbre de Flon-Ville, Lausanne, 2007
Oloom (CH) e Samuel Wilkinson (GB)

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Finalmente internet chez-moi! Veremos se o des-conexo anima um pouco mais!

18.3.08

Gymnase Intercantonal de la Broye

Payerne continua em força no des-conexo. Durante a última visita, aproveitei para espreitar uma escola.
Em algumas linhas e meia dúzia de fotografias para turista ver, apresento o Gymnase Intercantonal de la Broye em Payerne (Boegli Kramp Architecte
s).
A escola localiza-se no melhor lugar possível da encosta sul com uma vista privilegiada sobre a paisagem e sobre o skyline da cidadela.

A forma serpenteou e enrolou-se em torno de um monumental foyer
de entrada ao ar livre, que é ao mesmo tempo pátio e recreio nos momentos de lazer.
Este foyer é o coraçao
da escola. O vazio tem pouco de ortogonal e o tratamento do chão acentua-lhe a dinâmica. O recreio é pontuado por dunas de relva e bancos muito concorridos nos intervalos em dias de sol.
As salas de aulas são encadeadas num mui generoso corredor branc
o mas demasiado estéril para o programa. É ritmado por vazios que são espaços de paragem e de estudo.
Na zona norte encontrei o melhor momento interior: 3 janelas voyers debruçam-se
sobre 3 salas de ginástica no piso inferior. Aparte: a qualidade da construção é irrepreensível.